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Universidade Federal do Ceará
LAEDDES – Laboratório de Estudos das Desigualdades & Diversidades

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ESCRITOS ACADÊMICOS

O LAEDES tem a preocupação de  levar para fora dos muros das universidade suas temáticas, discussões e percepções acerca dos eixos temáticos discutidos e analisados no programa. Deste modo, os laedeanos sempre que possível, estão apresentando trabalhos que conciliam as perspectivas individuais, em se tratando da construção do conhecimento acadêmico e profissional dos estudantes, mas  sem deixar de lado as teorias e cuidado em relação aos trabalhos em campo. Deixamos como uma devolutiva de nosso projeto resumos dos trabalhos apresentados no ano de 2015.

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ADMIRÁVEL PHONE NOVO: PERCEPÇÕES DE JOVENS EM SITUAÇÃO DE POBREZA SOBRE O CONSUMO DE SMARTPHONES.

Palavras-chave: Consumo. Smartphones. Juventude. Pobreza.

O presente trabalho trata de uma pesquisa de cunho qualitativo a respeito das percepções de jovens em situação de pobreza sobre o consumo de smartphones. Tomando por base a compreensão das sociedades atuais como sociedades do consumo e o fato de que o smartphone se configura como um meio privilegiado de comunicação em nosso tempo, consideramos que o (não) consumo desses dispositivos móveis tem diversas implicações para as pessoas em geral, e para os alunos de uma escola de Ensino Médio da rede pública do município de Sobral – CE. Deste modo, o objetivo que norteia este trabalho é conhecer as percepções desses jovens sobre o consumo de smartphones. Também objetivamos: investigar se eles possuem smartphone, como adquiriram e quais fatores influenciaram na escolha do produto; conhecer os usos que os alunos fazem do smartphone e; compreender qual a importância deste dispositivo na vida desses alunos. Partimos da hipótese de que o smartphonese tornou um bem comum para a população, em especial para os jovens, que são instigados a consumir os últimos lançamentos da tecnologia móvel, comportamento que pode ser comumente observado em jovens em situação de pobreza. Para contextualizar o nosso objeto e fundamentar a nossa análise, realizamos uma pesquisa bibliográfica e documental sobre as categorias contempladas neste trabalho, servindo-nos de autores como Bauman, Baudrillard, Campbell, Marx, Lipovetsky, Adorno, Horkheimer, Thompson, Guareschi, Nascimento, Sawaia, Demo, Green, entre outros. Também realizamos uma pesquisa de campo, sendo esta um elemento fundamental para o nosso trabalho. Como instrumentos de obtenção de dados, utilizamo-nos da observação participante e aplicamos um questionário aberto com duas turmas de terceiro ano do Ensino Médio da Escola Carmosina, sendo uma do turno da manhã e outra da tarde, totalizando quarenta e cinco participantes. Os dados do questionário foram categorizados por meio da Análise Temática e analisados com base no referencial teórico utilizado. Como resultados da pesquisa, observamos que a democratização hierárquica no acesso à tecnologia móvel, atinge a esses jovens, promovendo uma gradação no acesso à tecnologia e diferentes modos de compreensão da mesma a partir do contato que possuem com os smartphones. Percebemos também que os participantes experienciam a juventude de formas distintas assim como são distintamente afetados pela pobreza. Essa realidade faz com que esses jovens convivam com diversas concepções acerca do smartphone, que ora se chocam, ora se reafirmam. A ideia de que ninguém consegue imaginar o mundo sem celular convive com a exclusão do acesso a ele. Os excluídos, por sua vez, negam essa ideia, tendo em vista a sua própria vivência de restrição e a violência de tal afirmação, uma vez que a eles próprios foi negada a possibilidade de acesso a esse dispositivo. O silêncio e o não saber convivem com a ânsia por demonstrar conhecimento, com a insatisfação gerada pelo novo e com a ilusão de que a pobreza se trata de um aspecto eminentemente econômico que pode mascarado pelo consumo.

Débora Cristina Vasconcelos Aguiar/Email: debbiecva@hotmail.com


 MÚSICA E MOVIMENTOS SOCIAIS: UMA RELAÇÃO HARMÔNICA DE RESISTÊNCIA À OPRESSÃO

Palavras-chave: Aprendizagem, Música, Empobrecidos.

O espaço cultural, muitas vezes, é um campo de luta, em condições assimétricas, entre dominantes e dominados. Nesse sentido, acreditamos que a música pode desencadear atitudes emancipatórias no sujeito oprimido. Partindo desse pressuposto, esse projeto pretende compreender como a música aprendida no cotidiano dos empobrecidos influencia em sua mudança de atitude, levando-os a um crescimento social. O objetivo é investigar o que a música significa para esses sujeitos dominados por um sistema que oprime, levando em consideração o contexto da cidade de Sobral, no Ceará. Além disso, buscar entender o impacto, no cotidiano dos empobrecidos, do aprendizado musical tanto no que se refere à tocar um instrumento como também a reflexão deles sobre letras de músicas. Mesmo com a dura realidade da pobreza, desemprego, analfabetismo que permeia uma grande parcela populacional brasileira, muitos sujeitos em situação de pobreza, isto é, empobrecidos, parecem compreender perfeitamente a necessidade da educação, de saber entender, expressar de modo compreensível os problemas que os assolam. Muitos transmitem isso a partir da arte musical, aprendendo um instrumento, compondo músicas e transmitindo a sua realidade social, ou mesmo, apenas refletindo sobre uma letra musical que lhe permitiu um olhar mais crítico sobre seu cotidiano e partir disso, resistindo à diversas formas de opressão e de alguma forma tentando mudar sua condição social. Cabe aqui falar de uma espécie de busca por emancipação, um fortalecimento na luta contra relações coercitivas. A termologia empobrecidos é fundamentada na teoria de Pedrinho Guareschi que fala desse conceito como uma espécie de relação dialética em que se há relações desiguais e de exclusão onde classes sociais mais abastadas precisam de outras menos favorecidas financeiramente, como a dos trabalhadores, para, através de suas atividades, enriquecerem-se; mas no momento em que se obtém seus desejos, há uma negação da relação, passando a existir uma rejeição, traindo, dessa forma, quem possibilitou sua própria existência. Essa relação configura-se em um enriquecimento ainda maior de determinadas classes e o empobrecimento de outras. A abordagem Dialética de Karl Marx é nosso ponto de partida para observar a realidade dos empobrecidos. A partir dela entendemos que a realidade é contraditória, além de ser uma construção dos homens dentro de uma sociedade de classes, mas que dentro de determinadas circunstâncias é possível ao homem fazer sua história. Além de Duncan Green, outro teórico que embasa a construção desse projeto, que afirma que mesmo em contextos de desigualdades sociais, exclusão e pobreza pode haver uma reação por partes dos sujeitos que vivem em situação de opressão, isto é, formas de resistência, tendo a participação sociopolítica como uma estratégia para a construção de possibilidades de uma democracia mais efetiva, que represente interesses do conjunto da sociedade e que seja um espaço de tolerância, reconhecimento, universalização de direitos e promoção de desenvolvimento. A metodologia utilizada será de cunho qualitativa, isto é, expressará o sentido dos fenômenos do mundo sociocultural, havendo uma pesquisa que terá como norteamento a técnica de entrevistas por pautas. Esta apresenta certo grau de estruturação, uma vez que segue uma relação de pontos de interesse que o entrevistador vai analisando ao longo de seu curso. Os locus da pesquisa serão a Central Única das Favelas (CUFA) sobralense e a Escola de Música de Sobral, para o aprofundamento das coletas de dados e de essencial importância para a construção do projeto. A pesquisa teve como ponto de partida as leituras e discussões do Laboratório de Estudos das Desigualdades (LAEDES) vinculado à Universidade Federal do Ceará – UFC/Campus Sobral, que tem como um dos objetivos principais buscar incentivar uma análise mais crítica da realidade por parte do público que vive em situação de desfavorecimento social, tentando despertar nesses indivíduos o interesse em reescreverem sua própria história. Além de buscar inspirar sujeitos que se encontram em estado de vulnerabilidade, isto é, sujeitos empobrecidos, tentando proliferar a ideia de que “pobreza” não é algo engessado e sim uma construção social, portanto, pode ser mudada. Então, a partir da análise desses dados, haverá uma ampliação do nosso campo de visão no que se refere à música como instrumento de aprendizagem e reflexão sobre as condições de vida do empobrecido. O projeto se encontra na fase de produção textual e os resultados parciais da pesquisa bibliográfica foram feitas nos semestres de 2014.2 e 2015.1 já apontando a música como instrumento fundamental de aprendizagem e reflexão no cotidiano dos empobrecidos, levando-os a um crescimento social.

 

Luiz Gomes Da Silva NetoE-mail: luizneto-gomes@hotmail.com

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A AUTO PERCEPÇÃO DOS ALUNOS-MONITORES DO PROJETO ESTRANHO NO NINHO NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – CAMPUS SOBRAL

Palavras-chave: Monitoria, Acolhimento, Estranho No Ninho.

O aluno monitor experimenta em seu trabalho docente, de forma amadora, as primeiras alegrias e dissabores da profissão de professor universitário durante o programa de monitoria (LINS, 2009, p. 2). Através desse trecho, percebe-se a importância de se estudar a percepção de alunos, os quais decidem participar de um programa monitoria de graduação, pois “o fato de estar em contato direto com alunos na condição, também de acadêmico, propicia situações inusitadas, que vão desde a alegria de contribuir pedagogicamente com o aprendizado de alguns até a momentânea desilusão, em situações em que a conduta de alguns alunos mostra-se inconveniente e desestimuladora” (LINS, 2009, p. 2). Foi com base nessa reflexão que este trabalho foi desenvolvido, pois tem como tema as percepções dos alunos-monitores do projeto Estranho no Ninho, em relação à prática da monitoria de acolhimento, com o objetivo de alcançar um maior entendimento sobre as possíveis contribuições dessa atividade na formação destes, durante a graduação. O trabalho foi realizado, inicialmente, através de uma entrevista feita com alunos monitores-voluntários do projeto Estranho no Ninho, no curso de Psicologia, para que se pudesse compreender as dificuldades encontradas, durante a monitoria. Os resultados das entrevistas consistiram na apresentação de algumas dificuldades. Isso gerou, em alguns momentos, sentimentos desestimuladores; porém todos admitiram que, consideram a experiência de forma gratificante para um maior aprendizado sobre as relações humanas. Dessa forma, percebe-se que monitoria de graduação torna-se importante para o aluno desenvolver o protagonismo, pois, apesar de surgirem sentimentos desestimuladores, eles adquirem a possibilidade de, através do programa Estranho no Ninho, conhecer as realidades diversas dos alunos que chegam na universidade e assim aprender a lidar com o público-alvo acompanhando tanto a motivação de permanecer no curso quanto as desistências.

Ana Carla Do Nascimento Sales; E-mail: ana_carla_nascimento@hotmail.com

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VIVER É MELHOR QUE SONHAR – PERCEPÇÕES DE EXTENSIONISTAS DO CURSO DE PSICOLOGIA DA UFC– CAMPUS SOBRAL. 

Palavras-chave: Pronatec, Extensão, Laedes.

O presente trabalho condensa as interpretações que os extensionistas do Laboratório LAEDES (Laboratório de Estudos das Desigualdades) tiveram em suas ações práticas nos semestres ano de 2014.1 e 2015.1, nas instituições SESI com o projeto do Pronatec e SESC com o projeto PréVest, na cidade de Sobral-CE. O LAEDES é um projeto de extensão da UFC, Campus Sobral, composto por estudantes dos cursos de Psicologia, Economia e Odontologia, trabalhando em contato direto com pessoas em situação de vulnerabilidade social e desigualdades. Entendemos nesses casos, quando o sujeito precisa estar em programas de auxílio do estado ou de instituições privadas, como uma face da desigualdade. As ações do Laedes são ministradas com apresentações de vídeos. Em seguida, seguem-se os debates, focando em levar o público (tanto do SESI quanto do SESC) a refletir sobre sua condição socioeconômica e seus projetos de vida com relação ao mercado de trabalho. Esse trabalho traz um apanhado das percepções dos extensionistas, tanto sobre as ações do referido laboratório quanto dos projetos das instituições parceiras. Programas sociais e assistencialistas à comunidade pobre brasileira não são praticas recentes, inovadoras são as configurações com que se inserem no cotidiano dessas pessoas. Se antes o auxílio era de importância financeira, agora os programas também objetivam educar seus usuários, para que eles possam ingressar no mercado de trabalho, e níveis superiores de educação. Como afirma Silva (2010) “[…] no desenvolvimento da política social brasileira tem-se um conjunto amplo e variado, mas descontinuo e insuficiente, de programas sociais direcionados para segmentos empobrecidos da população. Essas medidas de intervenção não são configuradas como estratégias de caráter global para enfretamento no país (DRAIBE, 1995), embora esse quadro venha se modificando a partir, sobretudo, dos anos 2000. Nesse sentido, a Política no Brasil tem assumido uma perspectiva marginal e assistencialista, desvinculada das questões macroeconômicas […] (SILVA, 2010)”. As percepções dos extensionistas apontaram que os projetos parecem ser elaborados sem um diálogo ou uma pesquisa que conheça o olhar do grupo almejado. Programar um projeto com intenções de apenas incluir sujeitos em segmentos de mercado não resulta necessariamente em melhorias na qualidade de vida da população. O que se assemelha a ideia de Castel (1999, apud SILVA, 2010) de “políticas de inserção, que limitam sua atuação sobre os efeitos do disfuncionamento social, sem considerar as determinações estruturais geradores de pobreza”. Nas ações observamos que as falas dos participantes tinham algo intrigante: Percebemos uma diferença entre os objetivos dos programas disponibilizados e os objetivos dos usuários. Diversas razões justificavam a presença do estudante nos projetos, mas havia uma ausência de envolvimento com o curso. Sobre os projetos observados, um dos objetivos do Pronatec é de expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica no país, além de contribuir para a melhoria da qualidade do ensino médio público. No que se refere ao SESC Pré-Vest a meta é estimular as pessoas ao ingresso no ensino superior. Eles são gratuitos, apenas o Pronatec tem transferência de renda para os participantes. Não estamos sinalizando que estes projetos não têm relevância para os grupos trabalhados ou sociedade como todo, apenas destacar que as verificações iniciais realizadas são divergentes entre os interesses dos envolvidos. A motivação da maioria dos estudantes do Pronatec era uma possibilidade imediata de aquisição de renda, mas sem interesse em continuar na profissão por hora adquirida. De forma similar, os estudantes do Pré-Vest não sabiam ao certo que curso seguir, o que realmente eles pretendiam estando no cursinho. Observamos que o estudante está em sentido contrário aos objetivos de ambos os projetos, que os propósitos dos projetos não estavam “alinhados” com os alvos dos participantes. Essa falta de alinhamento nos levou a refletir sobre nossas próprias ações e sobre qual o sentido da existência de tais programas já que eles parecem não atender a demanda do público. Os resultados destas ações não se limitam apenas as compreensões sobre os conceitos em si, mas também de uma apropriação a temas relacionados, diríamos intrínsecos à Psicologia Social, favorecendo o enriquecimento de estudantes, comunidade e instituição. Os resultados parciais de nossas análises apontam que nossas ações devem focar o público que deseja se questionar e que não devemos reafirmar o discurso mercadológico das políticas de inserção, mas sim, contribuir para que se desenvolva nos participantes o senso crítico capaz de se dizer livre para escolher ou não um modelo que já vem estabelecido para ele, já que os cursos oferecidos no PRONATEC não são escolhidos por eles, e o SESC os prepara para o nível superior, enquanto parte deles não compreende por que esse nível é tão superior às suas vontades.

Juliana Maria do Nascimento Mota;E-mail:  julianamemota@gmail.com

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EXPERIÊNCIA COMO VISITANTE EXTENSIONISTA: UM OLHAR DE FORA DO LAEDES

Palavras-chave: Extensão, discente, experiência, universidade.

Com o intuito de repassar a importância que os projetos promovidos dentro da universidade (em especial a extensão) trazem para a aprendizagem e experiência dos discentes – mostrando tanto seus pontos positivos como os negativos – enquanto extensionista do LAEDES, trago a minha experiência estudantil como recém-ingressa nesse dispositivo acadêmico. A extensão é um dispositivo de grande relevância para a universidade diante de todas as vivências dos estudantes, já que este promove que saiamos da nossa zona de conforto que é a sala de aula para podermos experienciar um pouco o “mundo fora da universidade”, fazendo com que haja esse maior diálogo entre teoria e prática. É a partir da extensão que o que se estuda nos livros toma vida e nos mostra o quanto o conhecimento vivencial, assim como o conhecimento didático, é importante para a formação acadêmica (e pessoal), fazendo com que certos mitos em relação tanto a própria extensão como ao fazer psicológico sejam quebrados. Sendo assim, o principal objetivo desta pesquisa é compreender a ação da extensão enquanto promotora do diálogo da universidade com a comunidade a partir do projeto Reescrevendo minha história, mostrando as percepções encontradas como extensionista participante e futura atuante. O método utilizado foi o de observação-participante que é realizado em contato direto, frequente e prolongado do investigador, com os atores sociais, sendo assim o próprio investigador o instrumento de pesquisa. Contudo, os resultados da pesquisa estão em fase de construção, porém, pode-se constatar que a extensão é um dos grandes promotores de oportunidades para os discentes enquanto ser ativo e promotor de mudanças na sociedade em que vive. A partir do relato dos outros extensionistas é possível perceber o quanto a participação ativa na comunidade/sociedade promove mudanças nas posturas e fazeres de cada discente.

Ilana Santos Alves; E-mail:ilanaalves@ymail.com

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E EXTREMA POBREZA : TRAVESSIAS DE (R)EXISTÊNCIA

RESUMO: Este trabalho propôs realizar um estudo sobre as representações sociais de sujeitos categorizados pelo governo como extremamente pobres enfatizando o que estes nos apresentaram acerca de suas vivências enquanto empobrecidos. A pesquisa qualitativa caminhou no sentido de investigar o que os interlocutores entendiam por pobreza, ser/estar pobre, bem como compreender quais tipos de dificuldades estes sujeitos enfrentam em seu cotidiano. Também buscamos estabelecer um comparativo entre o que o atual governo brasileiro identifica como uma situação de extrema pobreza e como os sujeitos empobrecidos, público-alvo das políticas públicas sociais de combate à miséria, descrevem a situação na qual vivem. Investigamos o que estas políticas propõem, de que forma são implementadas e quais os critérios utilizados para estabelecer categorizações sobre o universo da extrema pobreza. Através de entrevistas semiestruturadas, capturamos fragmentos de narrativas de vida dos interlocutores e, com aporte teórico-metodológico da Teoria das Representações Sociais, bem como de autores que discutem a problematização do conceito de pobreza, construímos uma análise das falas, elencando oito dimensões de sentido estruturadas a partir do que os entrevistados apontaram em suas falas ao relatarem as durezas de seus cotidianos. Palavras-chave: Extrema Pobreza, Representações Sociais, Políticas Públicas, Entrevistas Narrativas.

Link da dissertação: http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/148944

Bruna Clézia Neri, brunaclezia@hotmail.com.

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